Eu aprendi a assistir novela com o meu pai, não que isso seja uma coisa que se precise aprender, tv hipnotiza. Meu pai trabalhava em um sítio e chegava em casa sempre por volta das 5 da tarde, tomava banho e vinha se sentar na sala pra descansar, era quando começava a novela das 6, sempre de época ou com temas rurais, que ele adorava e eu era sua companhia constante, tava sempre por ali pra ficar por perto dele. A das 7 era na hora do jantar e "nada de tv enquanto se come" e a das 8 já era tarde e "muito pesada" pra minha idade.
E assim foi, pela minha infancia. Meu pai também se foi e hoje já casada e vó, relembro com saudades das "nossas" novelas das 6.
Hoje termina mais uma que eu assisto e penso nele, tenho certeza que riria muito e iria se divertir tanto quanto eu com D. Ternurinha e o prefeito Patácio ou com o delegado Batoré e todo o imaginário do cangaço e dos contos de fadas. Essa foi uma daquelas que brilhou pela delicadeza, pelo primor e criatividade dos figurino e adereços, pela e simplicidade do tema e pela bela atuação dos atores, sem falar na linda trilha sonora.
Que venham outras com a mesma qualidade
Parabéns pelo lindo trabalho, meu e do meu pai!
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